23 de novembro de 2023

GRITOS NA ESCOLA


Fujam desesperados pelos corredores
Corram pelas suas inocentes vidas
Quero ver vocês amedrontados
Pois isto me satisfaz tanto
Seus corpos caem no chão em poças de sangue
Enquanto eu caminho tranquilamente

Passos após passos e muitos disparos
Almas decadentes vão vagar por aqui
Sinfonia harmônica de choros e clamores
Hoje não vai ter recreio
Enquanto isso as mesas viram barricadas
Sonhos acabando sem receio

Não tem futebol de lata
E também não tem aula de matemática
As suas lágrimas são o meu prazer
Não tem mais fila na merenda
Os jornais vão me retratar
Histeria coletiva reagindo à minha serenidade

Arthur Claro


Essa poesia foi criada à partir das tristes notícias de invasões de escolas e morte de alunos (em Suzano (SP), Realengo (RJ) e outras escolas pelo Brasil e o mundo), não apoio estes crimes, os versos são um ponto de vista de um bandido, eu não sou este bandido e eu não estou fazendo apologia ao crime. Só quis retratar a minha tristeza das notícias. Vejam este post "2 MÚSICAS QUE TRATAM DE UM ASSUNTO QUE MERECE REFLEXÃO" e a música que ilustra essa poesia, pode ser melhor para entender o que esta poesia quer dizer.

2 comentários:

  1. Tremendo y triste. Qué locura en las escuelas esas. En USA pasa aún demasiadas veces.

    Es un horror. Buen poema. Un abrazo

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