Vim-me embora do sertão
Sem lenço, documento e nenhum tostão
Na cachola pouco conhecimento
Aqui na capital aprendo a mexer em cimento
Assento tijolos durante o dia
E ao relento durmo na noite fria
Vim-me pra capital maravilhosa
Aonde poderei deixar a minha família orgulhosa
Porém escuto um engravatado falando sem parar
Ele sempre diz que o Brasil vai prosperar
Precisamos acreditar nas suas verdades
Ele é honesto e no seu coração não tem maldades
Passo os dias com um sorriso cheio de dentes
Mesmo que não sejam tão aparentes
Não escondo quem fui, quem sou e quem serei
Nasci pobre, vivo pobre e pobre morrerei
Vim-me embora sem fugir da minha sina
Vim-me pra conclui-la como Morte e Vida Severina
Tenho muita fé no Deus-Pai Todo Poderoso
Que me protege e me deixa corajoso
Sigo a minha luta de cabeça erguida
Enfrento as intempéries com bravura
Está poesia é um momento da minha vida
Já passou e agora ela faz parte da literatura
Arthur Claro
Essa poesia foi criada à partir da ideia que tive de criar uma poesia no ponto de vista de um sertanejo vindo do sertão para a cidade grande. A imagem que ilustra essa poesia é a pintura "Os retirantes" de Candido Portinari, que eu escolhi por gostar dessa pintura e também do pintor.
Bem esgalhada
ResponderExcluirMe gusta cómo es lícito y bueno querer salir de la chabola y llegar a la ciudad, pero en ella la vida también es durísima.
ResponderExcluirPor lo valientes. Un abrazo
Pues esa idea fraguo en un poema precioso, donde se aprecia que la vida son decisiones, Un abrazo
ResponderExcluirHe buscado lo que significa el Sertanejo porque no lo conocía, que bien aprender un poco más
ResponderExcluirBien expresado.
ResponderExcluirBelíssimo trabalho!
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia