2 de novembro de 2023

O SERTANEJO


Vim-me embora do sertão
Sem lenço, documento e nenhum tostão
Na cachola pouco conhecimento
Aqui na capital aprendo a mexer em cimento
Assento tijolos durante o dia
E ao relento durmo na noite fria

Vim-me pra capital maravilhosa
Aonde poderei deixar a minha família orgulhosa
Porém escuto um engravatado falando sem parar
Ele sempre diz que o Brasil vai prosperar
Precisamos acreditar nas suas verdades
Ele é honesto e no seu coração não tem maldades

Passo os dias com um sorriso cheio de dentes
Mesmo que não sejam tão aparentes
Não escondo quem fui, quem sou e quem serei
Nasci pobre, vivo pobre e pobre morrerei
Vim-me embora sem fugir da minha sina
Vim-me pra conclui-la como Morte e Vida Severina

Tenho muita fé no Deus-Pai Todo Poderoso
Que me protege e me deixa corajoso
Sigo a minha luta de cabeça erguida
Enfrento as intempéries com bravura
Está poesia é um momento da minha vida
Já passou e agora ela faz parte da literatura

Arthur Claro


Essa poesia foi criada à partir da ideia que tive de criar uma poesia no ponto de vista de um sertanejo vindo do sertão para a cidade grande. A imagem que ilustra essa poesia é a pintura "Os retirantes" de Candido Portinari, que eu escolhi por gostar dessa pintura e também do pintor.

6 comentários:

  1. Me gusta cómo es lícito y bueno querer salir de la chabola y llegar a la ciudad, pero en ella la vida también es durísima.

    Por lo valientes. Un abrazo

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  2. Pues esa idea fraguo en un poema precioso, donde se aprecia que la vida son decisiones, Un abrazo

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  3. He buscado lo que significa el Sertanejo porque no lo conocía, que bien aprender un poco más

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  4. Belíssimo trabalho!

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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