Ao meu lado esquerdo tem um velho baixo, careca, porém com um cavanhaque pontiagudo da cor negra, ele está com uma roupa preta e puída, sim a roupa dele estava gasta pelo tempo, não sei quanto tempo se passou para ela ficar assim.
Samael: Oh! Meu Pai... Estava com saudades do Senhor, mas por que me chamas?
Gabriel: Oh! Meu Pai... Eu agradeço por me chamar, mas por que?
Enquanto os dois reverenciam um senhor de barbas e cabelos longos, eu estou no meio deles só olhando para frente, estou um tanto desconfortável por estar no meio da reunião familiar que nem conheço, mas pelo visto preciso estar presente.
Samael: Oh! Meu Pai... Veja que este ser humano que se encontra aqui se parece comigo, digo isto por sermos parecidos no quesito abandonado.
Gabriel: Cale-se, meu Irmão. Este ser humano se assemelha comigo, digo isto por sermos parecidos no quesito da benevolência.
Samael: Ele pode ser bondoso e abandonado, como eu fui muito antes de você existir, meu caro Irmão, mas não estamos aqui para disputar a preferência de nosso Pai, por mais que eu queira ser o preferido dele desde sempre.
Gabriel: Concordo meu caro Irmão, não quero disputar a preferência do nosso Pai, quero só saber o que realmente faremos com este ser humano.
Enquanto eles trocam palavras olho para o chão e não vejo o chão, olho para o teto e não há teto, olho ao redor e não vejo paredes, estou aonde? Resolvo perguntar e escuto o senhor de barbas e cabelos longos responder com uma voz grave e pacificadora "Você meu caro ser humano, você está no Purgatório".
Samael: Oh! Meu Pai... Me desculpe eu não sabia que tinha que vir trajando roupas formais.
Gabriel: Como sempre nunca preparado para nada, sempre aparece vestido como um mendigo para ter a misericórdia de nosso Pai.
Samael: Eu me sinto confortável com estas minhas vestes, não consigo me ver vestido igual a você, meu Irmão.
Eu ao saber que estou no Purgatório tento rever na memória tudo que eu fiz desde a minha data de nascimento até o momento antes de eu acordar, não sei se fui acordado aqui, mas tento me lembrar de tudo, ou no máximo algo que me ajude a não me condenar.
Muy ingenioso, y divertido.
ResponderExcluirUn abrazo
Arthur, que doideira de situação! Parecia que estava em uma redemoinho tentanto entender o que estava acontecendo, até que percebi que estavam no purgatório. Parabéns, você confundiu a minha mente maravilhosamente!
ResponderExcluirConversa interessante, fiquei tentando imaginar a sequência.
ResponderExcluirTe espero nos meus blogs!
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Gostei da narrativa. Um bom encadeamento, com soltura.
ResponderExcluirBem escrito, com soltura e um ótimo fecho.
ResponderExcluirTem uma pegada meio "O auto da compadecida". Gostei bastante!
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia