8 de outubro de 2020

AS ÚLTIMAS SINAPSES

Perdido em pensamentos para versos pueris

Crio versos de poesias estúpidas no papel

Procuro ser menos comum do que os poetas de outrora

Relembro palavras escritas em rascunhos

Agora estou versificando os pensamentos momentâneos

Controlo algumas palavras para não ferir outrem


Recitar as minhas poesias (eu não sei)

Mas será que alguém irá declamar alguns versos meus? (talvez)

Espero a brisa da criatividade não acabe

Velho hábito de ler para criar ideias

Não possuo dom de ser rebuscado

Mas me inspiro em quase tudo


As minhas poesias nem sempre tem rimas

Acontece sem planejamentos os versos

Faço improvisos que lampejam no meu cérebro

Nada tão comum do que escrever estas sinapses

Crio estas poesias somente pelo meu prazer

Mas às vezes outras pessoas se deleitam


O último gole no whisky do Tennessee

Ver a última cena da Marilyn Monroe

Ouvir a pela última vez Johnny Cash

Mas quem é Einstein?

Meus neurônios estão morrendo

E os meus olhos estão fechando


Os dreads de Bob Marley ao vento

E os óculos de Lennon à venda

Sentado ao lado Abe Lincoln

Lendo a última palavra de Machado de Assis

Meus neurônios estão mortos

E o meu coração está parado


Ouça ao longe o samba do Cartola

Reveja as ilustrações do Henfil

Jure loucuras para Raulzito

Leia as crônicas do Anjo Pornográfico

Meus neurônios já não fazem sinapses

E o meu corpo está inerte e rijo


Relendo os relatos sobre Freud

E também relembrando os passos do Che

Comemorar mais um gol do Rogério Ceni

Ou então uma defesa do Zetti

Acaba aqui este delírio poético

Estas foram as últimas sinapses

Arthur Claro


Essa poesia foi criada para mostrar algumas personalidades que eu gosto e também esvaziar um pouco a mente e o nome foi que deu vontade de colocar, pois acho a palavra Sinapses muito interessante.

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