Mais um menino
Mais um outro dito cujo
Mais uma lágrima
Mais uma dor
Ela não se afasta
Ela não se mexe
Mas por que?
Mas qual é?
Mas não entendo
Mas não compreendo
Ela não gosta
Ela não julga
Foi assim que aconteceu
Ela imobilizada e de pernas abertas
Sem roupa e de mãos atadas
Com muito choro e sem prazer
Ela não é puta
Ela só tem treze anos
Mas por que?
Mas qual é?
Mas não entendo
Mas não compreendo
Ela não gosta
Ela não julga
Crime em plena luz do dia
Bandidos soltos pela cidade
Gritos amordaçados na casa abandonada
Ela teme e reza pela vida
Da cabeças aos pés tudo dói
Dias passarão e ela continuará chorando
Mas por que?
Mas qual é?
Mas não entendo
Mas não compreendo
Ela não gosta
Ela não julga
Arthur Claro
Essa poesia foi criada para nenhuma garota e também para nenhuma Marcela, só utilizei um nome que gosto, essa poesia é um relato de um crime que não merece ser exaltado.
Es tremendo. La violación cambiará a esa niña, para mal.
ResponderExcluirUn abrazo
De uma profundidade tamanha! Gostei bastante.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia