14 de abril de 2022

SOCORRO / SILÊNCIO

Velas sobre a mesa do jantar
Cálices de vinho tinto
Pratos de porcelana chinesa
Talheres enfileirados na ordem
A sala na penumbra
SILÊNCIO!

Mas aonde estou?
Por que estou aqui?
O que eu faço aqui?
Meus pensamentos difusos
Estou surtando
SOCORRO!

De repente um cheiro
Um delicioso cheiro
Advindo da cozinha
O cheiro me atiça a fome
Estou faminto
SILÊNCIO!

Medo do desconhecido
Vontade de chorar
Incapacidade de raciocínio lógico
Corpo imobilizado
Boca seca
SOCORRO!

Olhos meus estão curiosos
Tento me situar em vão
Minhas mãos e pés estão imobilizados
Tensão de disparar o meu coração
Suor frio na minha espinha
SILÊNCIO!

Terror psicológico
Sugestões para me enlouquecer
Não consigo saber aonde estou
Estou sem um porto seguro
Sangue misturado com urina
SOCORRO!

SILÊNCIO!
Tenho medo (SOCORRO!)
SILÊNCIO!
Não quero morrer (SOCORRO!)
SILÊNCIO!
Me deixe ir embora (SOCORRO!)

Arthur Claro


Essa poesia foi criada utilizando as contradições das palavras SILÊNCIO e SOCORRO provocam em nós em momentos de desespero. Mas esta poesia é somente mais uma obra ficcional da minha mente para ser esvaziada. Ao ler a palavra SILÊNCIO peço que imagine alguém falando baixinho e calmo, ao ler a palavra SOCORRO peço que imagine alguém gritando bem alto.

4 comentários:

  1. Incrível e até aterrorizante...Brincaste muito bem( ainda bem só inspiração!!) com as duas palavras! abraços, chica

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  2. Un poema que de verdad llega al corazón.

    Un abrazo

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  3. Muito interessante a poesia. Adorei!

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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