DIGA-ME MENTIRAS

Diga-me mentiras para a minha felicidade

Sorria com os olhos ao me ver chegar

Demonstre que de mim tem saudade

Suspire profundamente quando eu passar

Não esconda o batimento acelerado do coração

Não tenha medo da paixão

Diga-me mentiras para ganhar o meu amor

Sorria com os olhos ao receber um ramalhete

Demonstre uma gratidão sem temor

Suspire alegremente por este bilhete

Não esconda este recíproco sentimento

Não deixe isto se tornar sofrimento

Diga-me mentiras ao meu olhar

Sorria com sarcasmo quando eu chegar

Demonstre nenhuma compaixão

Suspire com cinismo e desdenho

Não esconda a náusea no cenho

Não sofra de angústia e não tenha tesão

Arthur Claro

Essa poesia foi criada sobre influências da poesia "Minta pra mim" do Alexandre Nero (clique aqui para ver o post que fiz sobre a poesia) e eu quero dizer que na minha poesia que quero verdades e não mentiras. Prefiro a dor da verdade do que a felicidade da mentira.