22 de dezembro de 2022

SEM APLAUSOS NO FINAL DO ESPETÁCULO

A atriz da minha peça
Despida da personagem
Improvisa uma cena de monólogo
Sentada na ponta do palco
Olhando para a plateia vazia
Seus lábios rubros dizem lindas palavras

Pés descalços e roupas puídas
Cabelos soltos sobre os ombros
Olhos verdes que se perdem no horizonte vazio
Um monólogo declamado lentamente
Como és bela minha atriz
Ela já teve vários amores

Sangue pelo chão de madeira
Voz calada por uma faca afiada
Coração desacelerando a cada segundo
Olhar sorumbático e perdido para o céu
Sem pensamentos lógicos em seu cérebro
Um sonho finalizado precocemente

Não é uma tragédia shakespeariana
Nem tão pouco uma comédia dantesca
É a vida real extinguindo
Ceifando a minha amada e querida atriz
Caindo solitária entre o palco e a plateia
Sem aplausos no final do espetáculo

Arthur Claro


Essa poesia foi criada com a subjetividade de como a atriz morreu, não sei se foi um assassinato ou se foi um suicídio, mas que infelizmente ela morreu entre o palco e a plateia.

3 comentários:

  1. .
    .
    Adorei a publicação que muito gostei de ver, e ler. Mas hoje quero apenas deixar votos de um FELIZ E SANTO NATAL, extensivo à sua família e amigos
    .
    Poema de Natal: “” Jesus, é a luz, o caminho “”
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos

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  2. Profundo! Parabéns!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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