Pela a minha mente passa recordações
Lembranças de um tempo que fui feliz
Agora estou velho e doente na cama
Remédios para todos os efeitos e situações
Me entorpecem para eu não sofrer mais
Não querem mais me ouvir gritar
Minha boca está seca demais
Meus braços não tem mais lugar para furar
Pílulas, injeções e comprimidos, já não aguento mais
Quarto escuro e frio é onde estou agora
Perco e a consciência em sincronia
O coração desacelera quase bruscamente
Hoje é mais ou menos um dia pra mim?
Um Padre vem aqui rezar
Poucos parentes com empatia me fazem visita
Minha vida vai acabando e a morte vem chegando
A enfermeira foi a primeira a me ver
Finalizei essa poesia e a caneta caiu
Arthur Claro
Essa poesia foi criada a partir de um pensamento sobre que infelizmente nós só damos valor as pessoas depois da morte delas, mas não é regra e muito menos exceção. Não é uma autobiografia em forma de poesia, muito menos estou triste ultimamente. A imagem foi retirada do Google.
Profunda a poesia!
ResponderExcluirJovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia