Ao chegar no prédio da redação, procuro a chave no bolso da calça, sinto a brisa matinal me tocar, o dia já amanheceu quente, mas essa brisa dá uma sensação reconfortante, logo acho a chave, abro a porta, travo para ela não bater, subo 20 degraus para chegar ao um corredor de 15 metros de comprimento que vai até a minha sala, quando chego na sala, acendo as luzes, ligo o ventilador, abro a janela e enquanto vou fazendo tudo isso, meu computador esta sendo ligado, ele sempre demora para ligar.
Ainda estou sozinho, meus colegas ainda não chegaram, estou pronto para mais 8 horas de trabalho, preciso produzir mais um texto, mas cadê a inspiração, abro a gaveta da escrivaninha, nada, levanto e ando de um lado ao outro, nada, vou até a janela, nada, vou até o bebedouro, pego um copo de água gelada, nada, volto para a frente do computador, a folha em branco, eu faço movimentos circulares com a cabeça, estico os braços como quem se alonga para um exercício, agora estou pronto, mas a maldita criatividade ainda não chegou.
- Bom dia, senhor Rubén. - uma voz serena diz, é a voz da senhora Matilde, a copeira.
Respondo com um sorriso e sonoro "Bom dia", mostrando que o dia pode ser bom mesmo eu ainda não tendo criatividade, ela apenas sorri por esse meu jeito alegre de encarar os dias.
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