Em 1812, os irmãos Jacob e Wilhelm Grimm escreveram e publicaram o livro Schneewittchen (Branca de Neve). Eles jamais poderiam imaginar que, em 2025, um brasileiro chamado Arthur Claro criaria um post destacando curiosidades sobre sua obra. Muito menos poderiam prever que, em 1937, um desenhista americano daria vida a um império do entretenimento ao produzir uma animação baseada nessa história — e que, em 1939, essa animação ganharia um Oscar Honorário com sete mini estatuetas.
Agora, para contextualizar antes de listar algumas curiosidades, vamos à verdadeira origem da história de Branca de Neve.
A narrativa foi inspirada na vida de Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal, uma princesa alemã do século XVIII, nascida em 1725 na cidade de Lohr am Main. Segundo o historiador Karl Heinz Bartels, que desenvolveu uma tese em 1986, Branca de Neve teria sido uma legítima "Lohrerin" (nascida em Lohr). De acordo com suas pesquisas, a musa inspiradora dos irmãos Grimm possuía uma forte ligação com imperadores e reis da Europa.
O pai de Maria Sophia era um influente barão e sua família era considerada uma nobre linhagem. Em 1741, ele se casou com Claudia Elisabeth Maria, Condessa de Reichenstein, madrasta de Maria Sophia, que, segundo relatos, tratava os enteados com frieza. Esse comportamento teria inspirado a madrasta má da história.
Outro detalhe curioso está no espelho falante do conto. O Castelo de Lohr abrigava um espelho produzido na famosa manufatura de espelhos de Lohr, conhecido por sua acústica excepcional, o que fazia com que a voz de quem falava diante dele fosse refletida de forma clara e distinta.
Além disso, Lohr am Main era uma região com forte atividade mineradora, e os trabalhadores dessas minas costumavam ser homens de baixa estatura, que usavam capas e chapéus protetores — uma provável inspiração para os sete anões.
Diferentemente do conto, Maria Sophia não teve um "final feliz". Ela jamais se casou e faleceu aos 71 anos.
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