20 de setembro de 2018

O CICLO


Ali! Esbravejou um jovem revoltado
Aonde? O velho procurou preocupado
Você não está vendo ou não quer ver?
Vendo o que? Eu só olho ao léu
Você não vê a realidade cruel?
Onde está a crueldade realística que você afirma ter?

Neste mundo que vivemos está a calamidade
O mundo é cruel? Perguntou o velho numa tranquilidade
Não! As pessoas que habitam que são cruéis
Então como daqui você vê tudo isso?
Vejo em jornais, revistas e internet, não fico omisso
Então você é desses novatos, sapientes e bacharéis?

Eu um principiante? Você que é velho demais por ter ignorado
Não ignoro, já lutei por estes seus ideais e acharam que eu tinha endoidado
Entendo que a sua geração teve as vozes caladas
Agora a realidade parece cruel?
Você pergunta por que quer saber ou perguntando ao léu?
Então para muitos é utopia e para outros é descaso das gerações passadas

Quer dizer que vivemos em um ciclo vicioso?
O velho apenas sorriu para o jovem curioso
Pois é nada mudou e vamos esperar que algum dia chegue para mudar
Até lá serei a mudança que quero ver no mundo
Espantado o velho diz “Nossa que profundo!”
O jovem agradece, mas ele tinha acabado de parafrasear

Arthur Claro

Essa poesia foi criada da ideia de criar um diálogo de um velho e um jovem sobre a crueldade realística que estamos vivendo. Esta realidade cruel é tudo que vem acontecendo desde sempre, pois essa poesia foi feita acho que há mais ou menos 4 anos atrás. A imagem foi retirada do Google. A frase que foi parafraseada é "Seja a mudança que você quer ver no mundo" do Mahatma Ghandi.

5 comentários:

  1. Linda,profunda e apropriada sempre aos tempos que vivemos! Gostei! abraços, chica

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  2. Não podemos mudar o mundo... mas podemos sempre mudar o mundo de alguém!

    beijos.

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  3. São ciclos.
    O Brasil já passou por outros momentos complicados.
    E sempre deu a volta por cima.
    Vai ser assim novamente.
    Aquele abraço, bfds

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  4. A crueldade existe no mundo desde sempre.
    E se calhar irá continuar ao longo do tempo.
    Magnífico poema, gostei imenso.
    Caro Arthur, um bom fim de semana.
    Abraço.

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