Quando a lua cheia brilha no
céu
Cachorros começam a latir
recebendo a noite
Escrevo essa carta com o seu
rubro sangue
Os cadáveres me cercam nessa
noite fria de julho
Breves alucinações que mexem
com a minha cabeça oca
Meus olhos brilham ao observar
atentamente o luar
Aos poucos descubro que me
isolando é um tédio
Nessa bela noite me flagrei
pensando em você
Quanto mais penso menos te
esqueço
As minhas mãos estão frias e
sujas do seu sangue
Não
paro de sentir a dor insuportável do arrependimento
O
dia começa a raiar e eu continuo solitário
Amei
seu rosto pueril e grácil até o seu último suspiro
Seus
lábios pequenos eram tão rubros e belos
Teu
corpo jovem foi enterrado com carinho
Um
ritual sagrado feito para um amor eterno
Seu
sangue continua sendo a tinta da minha carta
Vou
terminar a carta e voltarei para minha casa
Ainda
tenho que relatar os acontecidos detalhadamente
Será
que eu devia ter feito isso para eternizar um amor?
Essa
maldita dúvida vai me matar de remorso
Finalizo
a carta repousando-a em cima do seu leito
No
caminho de casa um carro em alta velocidade me mata
Concluindo
o ritual do amor eterno aconteceu finalmente
Arthur Claro
Essa poesia foi criada inspirada nas poesias ultra-românticas de Lord Byron, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos e outras referências, essa poesia não é real e nem inspirada em nada realista. A imagem é meramente ilustrativa e foi retirada do Google.
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