Será que existe amor num pedaço
de papel higiênico?
Já sei que na guerra tem o amor
de matar e morrer pela pátria
A cabeça enfiada na privada
vomitando todo alimento ingerido
Rosas vermelhas roubadas
entregue a mais bela meretriz
Língua agitada não pára de se
mexer no sexo de um finado
Menina de treze anos com poucos
pentelhos se masturbando
Simpáticas crianças não urinam
mais no pinico
Jogando e apostando todo
dinheiro que nunca via
A morte veio capturar quem já
muito tinha vivido
Revelando no palco seu
grandioso talento de atriz
Longe do romance escrito por
Jorge Amado
Memórias prazerosas escritas
enquanto vai cantando
Fazendo a vontade louca do pobre coração
Opúsculo de tragédia grega no
fundo armário
Velório do cachorro que morreu
de tanto cruzar
Homossexual masculino
levantando a saia pra ganhar dinheiro
Garota com uma “surpresa” no
meio das pernas
Tempo que traz a alegria e a
tristeza
Foi de violão em mãos que
surgiu uma canção
Outros momentos que se faz um
leitor de otário
Vários barquinhos com pedidos
para Iemanjá no mar
Hoje será a fartura das grandes
no puteiro
Garantia de clímax por horas
eternas
Templo do amor só tem uma
formosa Alteza
Arthur Claro
Essa poesia foi criada a partir da dúvida que ainda tenho que é a pergunta do primeiro verso, também quero saber se é preciso ser fofo para ser romântico, escrevendo coisas belas para mostrar que sou romântico, acho que essa poesia pode trazer um pouco de confusão na mente das pessoas, mas eu só criei no intuito de tentar escrever algo que tivesse um pouco de amor em um pedaço de papel higiênico, vale a nota que eu não cheguei a escrever a poesia no papel higiênico, mas faltou vontade quando pensei em criar esta poesia. O romance de Jorge Amado que cito, não é nenhum específico, eu só quis colocar para mostrar que eu gosto da literatura dele. A imagem que ilustra essa poesia, foi encontrada no Google ao pesquisar Papel Higiênico e por incrível que pareça já tinha esses pontos de interrogação que fez eu escolher por combinar bem com a poesia.
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