20 de maio de 2016

A MESMA NOÇÃO DE NADA QUE TENHO


Minhas escrituras não são perfeitas
São apenas pensamentos inúteis
Quando menos se espera surgi
Ainda pretendo escrever melhor
Só não sei quando isso vai acontecer
Pois não sou um perfeito poeta

Não preciso das pessoas dizendo pra mim
Reconheço essa minha habilidade de péssimo
Tudo que já escrevi de certa forma é cópia
Mas a vida é assim mesmo sem muita originalidade
Esse momento agônico não me faz bem
Vou parar de me martirizar por simplicidades

O tempo passa tão rápido que não noto
Quando menos percebo estou velho
Os raros cabelos estão ficando brancos
Minha face enrugada que outrora era lisa
A saudade do tempo que se foi se apresenta
Vejo meus netos se divertindo com novidades

A minha felicidade agora será eterna
Quando eu estiver enterrado quero ser lembrado
Uma lembrança que nunca se finda
Pois aprendi a ser assim sem muitas alterações
Se eu mudasse não seria eu mesmo
Adeus e até um breve encontro por acaso

Arthur Claro

Essa poesia foi criada com o pensamento auto-critico e um pouco de ironia. A imagem é meramente ilustrativa.

Um comentário:

  1. É muito bom quando aprendemos a aceitar-nos tal como somos. Como diz o seu poema "Se eu mudasse não seria eu mesmo". Gostei muito.
    Beijos.

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