3 de setembro de 2015

A DE AMOR


Será que existe amor num pedaço de papel higiênico?
Já sei que na guerra tem o amor de matar e morrer pela pátria
A cabeça enfiada na privada vomitando todo alimento ingerido
Rosas vermelhas roubadas entregue a mais bela meretriz
Língua agitada não pára de se mexer no sexo de um finado
Menina de treze anos com poucos pentelhos se masturbando

Simpáticas crianças não urinam mais no pinico
Jogando e apostando todo dinheiro que nunca via
A morte veio capturar quem já muito tinha vivido
Revelando no palco seu grandioso talento de atriz
Longe do romance escrito por Jorge Amado
Memórias prazerosas escritas enquanto vai cantando

 Fazendo a vontade louca do pobre coração
Opúsculo de tragédia grega no fundo armário
Velório do cachorro que morreu de tanto cruzar
Homossexual masculino levantando a saia pra ganhar dinheiro
Garota com uma “surpresa” no meio das pernas
Tempo que traz a alegria e a tristeza

Foi de violão em mãos que surgiu uma canção
Outros momentos que se faz um leitor de otário
Vários barquinhos com pedidos para Iemanjá no mar
Hoje será a fartura das grandes no puteiro
Garantia de clímax por horas eternas
Templo do amor só tem uma formosa Alteza

Arthur Claro

Essa poesia foi criada a partir da dúvida que ainda tenho que é a pergunta do primeiro verso, também quero saber se é preciso ser fofo para ser romântico, escrevendo coisas belas para mostrar que sou romântico, acho que essa poesia pode trazer um pouco de confusão na mente das pessoas, mas eu só criei no intuito de tentar escrever algo que tivesse um pouco de amor em um pedaço de papel higiênico, vale a nota que eu não cheguei a escrever a poesia no papel higiênico, mas faltou vontade quando pensei em criar esta poesia. O romance de Jorge Amado que cito, não é nenhum específico, eu só quis colocar para mostrar que eu gosto da literatura dele. A imagem que ilustra essa poesia, foi encontrada no Google ao pesquisar Papel Higiênico e por incrível que pareça já tinha esses pontos de interrogação que fez eu escolher por combinar bem com a poesia.

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